É deveras estranho ter tudo,
mas sentir tão pouco.
Eu nunca fui de querer muito,
agora quero o mundo.
Mesmo lançada ao abismo,
sem temer,
remontei tudo.
Tudo que sobrou de mim.
Todas as marcas
(aquelas que podiam ser vistas)
tratei de limpar.
As marcas da cola
que usei pra juntar minhas peças
parecem mudar tudo o que era.
Dessa vez,
tentei,
mas não sei esconder.
Sinto que quebramos.
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Gabs Domingues